DIA 8/12

 QUINTA-FEIRA 14H30 

Inventários de livros de fotografia: dados e perspectivas
Leonardo Wen (Base de Dados de Livros de Fotografia) e Ângela Berlinde (Atlas Digital de Fotolivros em Portugal) conversam com Daniela Moura

Centro de Design, Estação das Artes


Inaugurada em 2020, a Base de Dados de Livros de Fotografia tem como missão ambiciosa inventariar a produção editorial brasileira relacionada à fotografia. Neste encontro, conversamos com Leonardo Wen, fotógrafo, artista visual, pesquisador independente e diretor da plataforma que, a partir de mais de 5.000 títulos catalogados, compartilha conosco dados e perspectivas do maior levantamento histórico brasileiro realizado sobre o tema. Num momento em que outras iniciativas análogas se desenvolvem ao redor do mundo, também participa desse bate-papo Ângela Berlinde, coordenadora do Atlas Digital de Fotolivros em Portugal, em fase inicial.

Leonardo Wen (1981) é fotógrafo, artista visual e pesquisador independente. Nascido em Brasília, atualmente reside em São Paulo. É graduado em fotografia pelo Centro Universitário SENAC (São Paulo, 2002-2005). Cursou duas especializações: Master of Arts in Photojournalism and Documentary Photography (London College of Communication – Londres, Inglaterra, 2008) e Master Latinoamericano de Fotografía Contemporánea (Centro de la Imagen – Lima, Peru, 2015).

Trabalhou por 5 anos no jornal Folha de S.Paulo (2005-2010). Desde então, colabora com diversos meios de comunicação, tanto do Brasil como do exterior. Como artista visual, participou de diversas exposições coletivas. Lançou dois livros sobre Brasília, sua cidade natal: “MetaBrasília” (Ed. do Autor, 2009) e “Apto – A moradia Moderna de Brasília” (Tempo D’Imagem, 2011), patrocinado pelo XI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia. Como pesquisador independente, criou em 2013 a plataforma Indígenas na Fotografia Brasileira, também patrocinado pelo XII Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia. Desde 2019, dedica-se integralmente ao desenvolvimento da Base de Dados de Livros de Fotografia.

Ângela Ferreira ( A.k.a Berlinde, Porto, 1975 ) é artista, curadora e professora com Pós Doutoramento na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É doutora em Comunicação Visual e Expressão Plástica pela Universidade do Minho em Portugal e tem Mestrado em Fotografia Digital, pela Utrecht School of Arts-Holanda. É co-fundadora do Festival Internacional de Fotografia, “Encontros da Imagem”, no qual atua como Diretora geral e artística.

É comissária independente de festivais e exposições internacionais, incluindo a Bienal de Fotografia de Beijing, o Korea International Photo Festival e o GoaPhoto na Índia e publicou obras de Fotografia e Texto sobre a Índia e sobre a Fotopintura no Nordeste do Brasil. É consultora de prémios internacionais e participa ativamente em júris e leituras de portfólio, como o Sony Awards, Lens Culture e Rencontres de Arles.

Integra a associação curatorial Oracle e o Conselho de Curadores do Museu da Fotografia de Fortaleza, no Brasil. Coordenou o Plano Estratégico para a fotografia na Escola Porto Iracema das (Programa de Fotopoéticas) e Integra desde 2018 a equipe de Coordenação geral do Fotofestival SOLAR, no qual é consultora artística.

É investigadora e professora Auxiliar da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, ULHT em Lisboa e atua no domínio de investigação sobre as formas híbridas da fotografia. É fundadora do Atlas Digital de Fotolivros em Portugal, uma plataforma dedicada à reflexão e pensamento critico em torno das visualidades implícitas ao fotolivro. Vive entre Portugal e Brasil.

 


 QUINTA-FEIRA 18H30 

Rotas e enigmas da fotografia contemporânea na África
Azu Nwagbogu conversa com Ana Paula Vitorio e Ângela Berline

Pinacoteca, Estação das Artes


Nesta conversa entre o curador africano Azu Nwagbogu, diretor da African Artists’ Foundation, LagosPhoto e a pesquisadora brasileira especialista em fotolivros Ana Paula Vitorio, mediada pela artista e curadora portuguesa Ângela Berlinde, será abordada a emergência dos fotolivros no contexto da fotografia contemporânea em África, suas possibilidades narrativas, fotografia e diáspora e a responsabilidade social dos agentes visuais no contexto distópico da atualidade.

Azu Nwagbogu é o fundador da African Artists Foundation (AAF), uma organização sem fins lucrativos situada em Lagos, na Nigéria, destinada a descobrir talentos, fortalecer uma consciência social e fornecer uma plataforma para expressar criatividade. Nwagbogu também atua como fundador e diretor do LagosPhoto Festival, um festival internacional de fotografia que traz os principais fotógrafos locais e internacionais para um diálogo com as histórias multifacetadas da África. Ele é o criador da Art Base Africa, um espaço virtual para descobrir e aprender sobre arte africana contemporânea.

Ana Paula Vitorio é pesquisadora e está em pós-doutorado no departamento de Linguistica e Práticas da Linguagem da University of the Free State (África do Sul). É doutora pelo programa de Literatura, Cultura e Contemporaneidade da PUC-Rio e mestre em comunicação pela UFJF. É integrante do Lombada e, além de publicações acadêmicas dedicadas a pensar fotolivros e à relação entre livro e imagem fotográfica, tem artigos publicados no site da Revista Zum e na Bade de Dados de Livros de Fotografia.

Ângela Berlinde (PT) é artista, investigadora e curadora na área da Fotografia Contemporânea. Doutora em Comunicação Visual pela UM Braga e pós-doutorada em Poéticas transdisciplinares e Fotografia híbrida É co-fundadora do Atlas Digital de Livros de Fotografia em Portugal. Integra a equipe de coordenação geral do Fotofestival SOLAR, no qual é consultora artística.

 


 QUINTA-FEIRA 20H30 

“A verdade é um juízo de valor”
Cristina de Middel conversa com Marcella Marer

Pinacoteca, Estação das Artes


A partir desta afirmação de Cristina de Middel, esta entrevista pretende cruzar as fronteiras da documentação, ficção e tradição na fotografia. De que forma a realidade funciona como um gatilho para a ficção na obra da fotógrafa? Como a tradicional agência Magnum, que atualmente é presidida por de Middel, se posiciona frente à sua nova geração de fotógrafos? Narrativa, imparcialidade, novos paradigmas, antigas pretensões, o mito do fotógrafo da Magnum, representatividade, inversões de perspectivas, ironia e humor são os componentes dessa entrevista, que será conduzida por Marcella Marer.

Cristina de Middel - Após 10 anos trabalhando como fotojornalista, Cristina De Middel passou a investigar a relação ambígua entre a fotografia e a verdade. Combinando o documental com abordagens mais conceituais, o resultado é um questionamento dos estereótipos e das verdades absolutas que a mídia costuma abordar. Em 2017, Cristina recebeu o Prêmio Nacional de Fotografia da Espanha e passou a fazer parte da agência Magnum, a qual assumiu a presidência em 2022.

Marcella Marer (1982) é doutoranda em Literatura, Artes e Mídia na UZH - Zurique e mestre em Artes e Linguagens pela EHESS - Paris. Suas pesquisas propõem perspectivas decoloniais sobre a história da fotografia e do fotojornalismo. Atua como curadora, pesquisadora e escreve sobre fotografia. Já produziu inúmeras exposições e projetos fotográficos no Brasil, Portugal, França e Bélgica junto aos artistas Graciela Iturbide, Rinko Kawachi, Roger Ballen, Martin Parr, Cristina de Middel, João Pina, Gilvan Barreto, André Penteado, Julio Bittencourt, dentre outros.

Foi curadora da programação de fotografia da Maison de France no Rio. Contribuiu com os festivais Paraty em Foco, FotoRIO, Valongo e ZUM e com o Fórum Latino-Americano de Fotografia (Itaú Cultural), Encontro de Pensamento e Reflexão na Fotografia (MIS-SP) e Encontro de Inclusão Visual. Desde 2015 está envolvida com o universo dos fotolivros, colaborando com a Editora Madalena e mais recentemente com a francesa Atelier EXB (Éditions Xavier Barral).