Notícia

SOLAR DESTACA LANÇAMENTOS DE LIVROS E DISCUTE PRODUÇÃO EDITORIAL RELACIONADA À FOTOGRAFIA
09/12/2022

Com pelo menos seis lançamentos ao longo de sua programação, o Fotofestival Solar traz a oportunidade de encontrar autores e conhecer títulos importantes relacionados à linguagem fotográfica.  Em sua segunda edição, o evento será aberto nesta quarta (7) e segue até o domingo (11), com uma ampla programação e diversos tipos de atividades a serem realizadas em dois dos principais equipamentos culturais da capital cearense: o Complexo Cultural Estação das Artes e no Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS), instituições que integram a Rede Pública de Equipamentos da Secretaria da Cultura do Governo do Ceará, geridas em parceria com o Instituto Mirante. O acesso é livre e totalmente gratuito.

 

O tema começa a ser explorado antes mesmo do primeiro lançamento, com a realização da mesa  "Inventários de livros de fotografia: dados e perspectivas", na quinta (8). Em uma conversa com Daniela Moura (BA), Leonardo Wen (SP) e Ângela Berlinde (Portugal) trazem toda a sua experiência com a produção editorial relacionada à fotografia. Criador da Base de Dados de Livros de Fotografia (BDLF), Wen é fotógrafo, artista visual e pesquisador independente. Tem dois livros publicados sobre sua cidade natal: “MetaBrasília” (2009) e “Apto – A moradia Moderna de Brasília” (2011). Em 2013, criou a plataforma Indígenas na Fotografia Brasileira. Desde 2019, dedica-se integralmente ao desenvolvimento da Base de Dados de Livros de Fotografia, cuja missão ambiciosa é inventariar a produção editorial brasileira relacionada à fotografia. Hoje com mais de cinco mil títulos catalogados, é o maior levantamento histórico brasileiro realizado sobre o assunto. Já Ângela Berlinde é artista, curadora e professora. Pós-doutora pela Escola de Belas Artes da UFRJ, publicou obras de fotografia e texto sobre a Índia e sobre a fotopintura no Nordeste do Brasil. É fundadora do Atlas Digital de Fotolivros em Portugal, uma plataforma dedicada à reflexão e pensamento crítico em torno das visualidades implícitas ao fotolivro. Desde 2018 integra a equipe de coordenação geral do Fotofestival SOLAR, no qual é consultora artística.

 

Ainda na quinta (8), logo após a mesa, acontece um dos lançamentos mais aguardados do Solar, de diferentes livros do pesquisador e curador de fotografia Rubens Fernandes Junior. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC São Paulo, é diretor e professor titular da Área de Comunicação da Faculdade Armando Alvares Penteado (FAAP). Ao longo da carreira, acumulou prêmios e assinou a curadoria de dezenas de exposições. É autor dos livros "Yalenti – fotografias de José Yalenti"(2018); "Papéis Efêmeros da Fotografia" (2015); "Geraldo de Barros - Fotoformas e Sobras" (2006); e "Labirinto e Identidades – Fotografia Brasileira Contemporânea" (2003).

 

Para encerrar os lançamentos do dia, o escritor, curador de fotografia, roteirista e editor independente Diógenes Moura apresenta um monólogo baseado em seu livro  "MINHOCÃO - Inescapáveis destinos", uma coleção de contos sobre as vidas, agruras, sonhos, frustrações, desejos e fantasias irreversíveis dos moradores da área no entorno do Minhocão, uma das obras urbanas mais polêmicas da cidade de São Paulo. A apresentação será seguida do lançamento do livro.

 

DUAS PUBLICAÇÕES DEDICADAS À HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA CEARENSE SÃO LANÇADAS NO SOLAR

 

Na sexta (9), outro lançamento aguardado acontece a partir das 20h, com dois títulos de uma vez. "História da Fotografia no Ceará do Século XX - 1900 a 1930", de Ary Bezerra Leite, é o primeiro volume de um projeto que pretende narrar o desenvolvimento da fotografia no Estado ao longo do século XX. O projeto nasceu a partir de um convite de Tiago Santana, idealizador e diretor artístico do Solar, e Silas de Paula, fotógrafo, professor, pesquisador e diretor do MIS. "O impacto de inovações nos procedimentos e equipamentos fotográficos, a popularização da Kodak e o crescimento do amadorismo, a introdução dos cartões postais fotográficos no Brasil e sua valiosa contribuição para a iconografia cearense, são parte desse volume", detalha Ary Bezerra em texto de apresentação do livro. Ao longo dos capítulos, o autor desenha a trajetória da fotografia cearense em três décadas, através dos registros de profissionais e amadores visitantes, sempre apresentada no seu contexto histórico - das convulsões políticas e sociais, rebeliões armadas, eventos festivos e novas conquistas da humanidade, entre elas a cinematografia, a iluminação a gás e elétrica, o automóvel, a aviação.

 

O outro título que ganha lançamento na mesma ocasião é "Luciano Carneiro - Fotojornalismo e reportagem - 1942 a 1959", organizado por Sergio Burgi, coordenador de fotografia do Instituto Moreira Salles (IMS). Foi de uma parceria, aliás, entre o IMS, a Fundação Demócrito Rocha (FDR) e a Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) que a obra se concretizou. Trata-se de um registro precioso, ao reunir parte do legado do fotojornalista cearense Luciano Carneiro - esse mesmo que batiza uma avenida em Fortaleza. Em uma vida breve, mas de produção intensa, Carneiro foi, nas palavras de Burgi, "expoente de uma geração de fotorepórteres comprometidos com a objetividade da narração dos fatos, mas ao mesmo tempo, construtores de uma narrativa humanizada próxima ao jornalismo literário". O livro cobre o período em que ele atuou freneticamente nas páginas da revista O Cruzeiro e outras publicações. Fotografou e escreveu, por exemplo, sobre a entrada “triunfal” de Fidel Castro e suas colunas revolucionárias em Havana.

 

Já o sábado (11) é dia do lançamento do livro "Vá me desculpando qualquer coisa", de Emrah Kartal, vencedor da sétima edição do Prêmio Foto em Pauta para Livro de Fotografia, projeto realizado e viabilizado pela parceria entre o Festival de Fotografia de Tiradentes, a Editora Tempo d’Imagem e o Fotofestivall Solar, com o apoio da Ipsis Gráfica. No livro, Kartal cria uma narrativa de 24 horas para uma passagem que, na verdade, durou cinco anos. Nesse tempo, retratou os romeiros na cidade de Juazeiro do Norte, Ceará, capturando ruas, personagens, espaços religiosos, objetos sagrados e lugares visitados pelos peregrinos, com um olhar fotográfico peculiar, observando a vida dessas pessoas e a cidade sagrada, mas ao mesmo tempo criando uma certa distância, de um estrangeiro, quem se naturalizou no Brasil e estava fazendo parte daquela cidade.

 

No mesmo dia Angela Magalhães e Nadja Peregrino lançam "Coleção Midiateca - Escritos sobre fotografia contemporânea Brasileira - Volume 4 Fotografia na Funarte 1979-2004", organizado pelas duas pesquisadoras junto a Antonio Fatorelli e Victa de Carvalho. O livro reúne 22 autores e pesquisadores e seus respectivos ensaios com fotos sobre artistas visuais diversos. A lista inclui nomes como Sebastião Salgado (ensaio de autoria de Teresa Bastos), Vilma Slomp (ensaio assinado por Alexandre Sequeira, um dos convidados do Solar 2022) e o próprio Tiago Santana (ensaio assinado por Leandro Pimentel e Rony Maltz). No texto de apresentação da obra, Daniel Sosa Debenedetti, diretor do Centro de Fotografía de Montevideo, no Uruguai, destaca que o quarto volume da coleção "aproxima a história a muitas referências da fotografia brasileira, que formaram ou se destacaram, graças à Fundação Nacional de Arte, uma instituição que marcou, não apenas a fotografia do País, mas também a fotografia latino-americana".

 

Por fim, na quinta (8) e no sábado (11), acontece um lançamento coletivo de obras de 13 autores selecionados previamente pela equipe do Solar. São artistas e fotógrafos do Ceará, de outros estados e países, que estarão reunidos no Centro de Design, espaço do Complexo Cultural Estação das Artes, para autógrafos e conversas com o público. Na quinta (8), do Ceará estarão presentes Rubens Venâncio ("Iminências", 2022), Felipe Camilo ("Poço 115 - Um álbum imaginário", 2021), Day Araújo ("Fresta", 2021)", Marília Oliveira ("Um Livro Sobre o Amor Sapatão", 2021), além de Gilvan Barreto ("Paraíso", 2022), de Pernambuco. No sábado (11), os convidados do Ceará são Fernando Jorge ("Lágrima", 2022), Sérgio Carvalho ("Santo Sertão", 2021) e Régis Amora ("Atlas Drag", 2021); de São Paulo, vêm Keiny Andrade ("Perímetro", 2022), Cecília Urioste ("O jardim secreto dos sonhos perdidos", 2022) e Rosa Gauditano ("A mesma luta", 2021); além da portuguesa Ângela Berlinde ("Transa", 2022).

 

2a edição do Fotofestival Solar

De 7 a 11 de dezembro
Complexo Cultural Estação das Artes e Museu da Imagem e do Som (MIS)
instagram.com/solarfotofestival/

 

Mais informações para a Imprensa/entrevistas – Equipe AD2M Comunicação:

AD2M Comunicação –  (85) 3258.1001



Voltar